Wednesday, October 25, 2006




Quem não pensou um dia que o movimento mangue bit tinha sido sepultado junto com a prematura morte de Chico Science ?????
Quando o MOMBOJÓ deu as caras na décima edição do festival April Rock em 2002, a imprensa identificou ali o mais legítimo herdeiro do mangue bit e não foi porque eles eram de Recife, mas por que traziam na bagagem todo aquele caldeirão de tendências e novidades dos seus antecessores.
Rock, samba, bossa-nova e pitadas de lounge estão presentes na música do Mombojó, que se desenrola em ricos arranjos que incluem cavaquinho, flauta, teclado, trumpete e outros instrumentos raros de se encontrar numa rock band.
O registro de estréia saiu em 2003 e ironicamente chamou-se “Nada de Novo”. Aquela novidade sonora conquistou muitos elogios da imprensa e uma horda de fãs por todo o Brasil. De quebra, um contrato com a gravadora brasuca Trama.
“Homem-Espuma” é o nome do novo album . Melhor que o antecessor, são 14 faixas de de letras curtas e muitas texturas sonoras marcadas por guitarras, flautas e aquele orgãozinho sixtie tão presente na música do Mombojó.
Numa sonoridade que beira o lounge surpreendem ao inserir uma batida funk em “ Pára-quedas” ou pitadas de eletro ao final da ótima “Tempo de carne e osso”.
“O mais vendido” é a faixa de abertura e uma das melhores do disco: “não quero ser o mais vendido/ nem quero falar só com seu ouvido/quero entrar no seu coração/e nem quero falar só de amor”.
A banda foi escalada para abertura do show Patti Smith e Yeah Yeah Yeah no festival TIM festival.
Conheça o Mombojó no site da banda, onde além de tudo você pode baixar todas as canções dos seus dois albuns.

Wednesday, October 11, 2006




Me enche de ânimo, ouvir alguém tão criativo como LUCAS SANTTANA.
Há seis anos atrás (ou sete ?) esse baianinho, depois de se graduar na banda de Gil e Caetano, se lançou em carreira solo e tirou a MPB da UTI com o seu album de estréia “EletroBenDodô”: um mix de ritmos baianos com eletrônica, que resultou num afro-eletro-pop-percussivo, um tech-afro por assim dizer...
Total refreshing!
Agora não foi diferente. Lucas Santtana está de volta com o album “3 Sessions in a Greenhouse” , assessorado por uma super-banda, a Seleção Natural.
Totalmente diferente de “EletroBenDodô” e “Parada de Lucas”, mas igualmente inovador e criativo, o novo álbum está recheado de dubs, percussões e doses de experimentalismos que se contrapõem às suas letras ultra pop.

“3 Sessions” em três tempos:

1)“Awô Dub” : instrumental .. dub até a alma em ritmo reggae....
E não é mentira dizer que esse álbum foi alinhavado ao som da Jamaica..que em tese é tão “África” quanto à Bahia de Lucas.Tudo a ver.

2) “Tijolo à Tijolo” : um samba-dub....e tome cavaquinho....

3) “Deixe o sol bater” : essa faixa de “EletroBenDôdo” ganhou aqui uma versão instrumental eletro-afro-percussiva...com direito a metais....fantástica!

E é claro “3 Sessions...” tem outras jóias, como a “Natureza Espera” que tem declamação em inglês por Phylis Huber e a ótima “Pela Orla dos velhos Tempos” com participação de Gilmar Bola 8 do Nação Zumbi... um funk carioca com cara de Chico Science(Orla Orbe ?) ...Dá para imaginar???

A produção foi da Diginois do próprio Lucas, em cujo site pode se ouvire baixar na íntegra "3 Sessions in a Greenhouse" e ainda fazer remixes de algumas faixas, isto é, se você for um Dj disposto a se aventurar pelas nuances sonoras do artista.